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  • Foto do escritorHM Macahé

Episódio 9 - Lurufe, o homem das mil facetas.

Atualizado: 26 de abr. de 2021


Lurufe


Ouça o episódio:




Sejam todos bem-vindos a mais um episódio do HMM. E nosso bate-papo de hoje é sobre uma pessoa muito importante que contribuiu muito para a cultura de Macaé e que, apesar de não ter sido músico, fomentou a cultura em nossa cidade. Seu nome? Joserval Alves Soutinho, mais conhecido como Lurufe. Francarlos, o Chiquinho, vai nos contar um pouco sobre ele, como se conheceram e de como Lurufe se tornou o seu sogro. Não é, Chiquinho? Conta pra gente...


Francarlos (Chiquinho): Ele foi uma figura muito importante na minha vida, porque quando eu comecei a namorar a filha dele, a minha esposa Nádia, foi em 1977, eu o conheci. E ele, na época era ferroviário, trabalhava em Campos na ferrovia. Às sextas-feiras ele chegava em Macaé, chegava em casa correndo, daquele jeitão dele - ele era muito agitado, muito ativo - tomava um banho, trocava de roupa e partia pro Iate Clube, que tinha um bar que ele havia arrendado... E lá ele tinha uma clientela enorme, ele me pegava e eu ia com ele lá, ajudava ele no bar... E eu já músico e namorando a filha dele... Quando me apresentei pra ele, falei que estava pretendendo namorar a filha dele e ele não se fez de 'rogado'. Ele ficou na dele e pra me testar - como ele foi o precursor do bloco das piranhas em Macaé - ele falou: "olha, você, pra namorar a minha filha, vai ter que sair no bloco das piranhas. É um bloco de homens, dos meus amigos, a gente sai tudo vestido de mulher na rua, atacando todo mundo, e você vai ter que participar..."


Eu topei de cara... Daí eu saí no bloco e fiz uma amizade com ele legal pra caramba. Ele achou que eu poderia integrar ali o 'metiê' deles. Conheci os amigos dele que andavam sempre juntos. E ele também havia arrendado o bar Panorama, do hotel Panorama. Então ele era muito ativo, tinha muitas atividades. Ele não parava, tinha muitas amizades. E nesses rolos todos dele comigo, 'sai pra cá sai pra lá', a gente acabou indo parar na Bahia, numa gincana de pesca lá em Ilhéus, Itabuna... Foi um ônibus da Rápido Macaense que colocou um ônibus pra levar a gente. Inclusive a mulher do dono da Rápido Macaense foi com a gente, participou, uma senhora. E a amizade nossa foi crescendo e nesse meio tempo, ele se elegeu presidente do Fluminense pela segunda vez. Ele já havia sido presidente do Fluminense na década de 60, foi quando ele teve o primeiro título do Fluminense de Macaé. Era o título número 1, até hoje eu tenho o título em casa, a 'título' de comprovação. E ali era a segunda eleição dele como presidente.

Título de Sócio Proprietário nº 1.

Era um cara que ia pra lá, nos fins de semana, tinha baile toda sexta, sábado e domingo, e ele lavava o salão, limpava, secava, passava cera. Arrumava mesas, cadeiras... Ele fazia tudo, era o 'faz tudo'. E sendo presidente! Aí, depois que ele arrumava tudo ele chegava em casa correndo pra tomar banho e voltar, porque quem abria os bailes dançando era ele. Ele tinha que abrir os bailes. Dançava a noite toda, atendia todo mundo. Era um camarada muito determinado nesse ponto. Com isso ele conquistava também as pessoas, todo mundo gostava dele... Ainda tem um detalhe: ele frequentava todos os clubes de Macaé. Ele saía do Fluminense, passava no Atlético, na Aroeira, dançava um pouco. Dali ele saía, voltava e ia no Ypiranga, passava no Tênis, no Americano. Então os clubes que tinha baile, ele ia a todos. Onde ele chegava todo mundo abraçava, os presidentes dos outros clubes. Um cara muito popular. Ele, inclusive, nessa gestão dele... Essa aí, aliás, foi a última gestão dele, porque faleceu em 1979. E nessa última gestão, ele trouxe o Francisco Horta, que era o presidente do Fluminense no Rio de Janeiro, e deu um título de sócio benemérito ao Francisco Horta e foi fechado um acordo, na época dele, que todos os sócios do Fluminense de Macaé teriam livre entrada no Fluminense do Rio de Janeiro. Bastava mostrar a carteirinha e a anuidade paga. Uma coisa legal pra caramba! Mesma coisa com os tricolores do Rio de Janeiro.


Lurufe (de perfil à direita) com a esposa Jusinete e amigos na boate do Clube Ypiranga. Lurufe, apesar de estar a frente do Fluminense, fazia questão de construir laços de amizade ao frequentar outros clubes.

(Créditos de imagem: Antonio Quintella - Facebook 'Macaé das Antigas'. Postagem: 25/01/2020)


Apesar de eu ser Flamengo, eu fui diretor dele, no Fluminense. Depois que eu fui diretor dele, que ele faleceu, eu fui diretor do Manoel Paes, que sucedeu ele. E depois eu fui diretor social também com o Tonico, que era o irmão dele (Lurufe), que faleceu a pouco tempo e que foi o segundo presidente da família... Mas era um camarada muito dinâmico, participava de tudo. Ele tinha disposição, nada dava errado pra ele. Eu me lembro que eu chegava do Rio, ele batia na minha porta, sábado 07:30, 08 horas da manhã, buzinando o carrinho dele pra eu sair com ele, pra a gente abrir o bar, tomar café com ele no Zé Mengão... O carro dele era uma Variant, um carro da Volkswagen 'azulzinho'. Me lembro até hoje, muito engraçado!


Magno: bacana. Meu pai tinha uma Brasília azul. É como se fosse uma Brasília esticada, né. (Risos)


Chiquinho: É, a Variant era uma Brasília esticadinha. Mas era um carrinho bom da época, era top.


Magno: interessante assim, né! Vocês conviveram, realmente pouco tempo. Você o conheceu em 1977 e em 1979, ele faleceu...


Chiquinho: dois anos e pouco, nós convivemos. E com um detalhe: você falou no início que ele fomentava, né? Realmente, ele fazia grandes bailes no Fluminense. Grandes Orquestras ele trazia à Macaé. E outra coisa: ele trazia as grandes Orquestras e ele indicava aos outros clubes também. Sabe? As vezes a Orquestra vinha no Fluminense, num mês, no outro mês ia no Tênis... o único clube que não trazia Orquestras era o Atlético, porque tinha um palco menor e era um salão pequeno, também. Não comportava uma orquestra porque o público do Atlético não era um público de orquestra, era mais de conjunto de baile. Mas ele fazia isso, fazia questão de apresentar. Ele chamava o presidente do Tênis, pra assistir a orquestra tocando no Fluminense, e indicava. Já conversava com o empresário. Por que, naquela época, tinha aquele empresário que vinha 2, 3 meses antes no clube sentar com a diretoria pra vender conjuntos. Ele trazia muitas bandas boas... O carnaval de Macaé ele abria o carnaval na sexta-feira, recebendo blocos de fora. De Niterói vinha um bloco chamado bloco do Alcatraz. A gente falava que era 'álcool atrás'. Uma galera, homens, mulheres. Um bloco muito grande. Eles vinham fantasiados e faziam a abertura do carnaval em Macaé, desfilavam pelo salão e depois eles ficavam o carnaval todo em Macaé, hospedados no Panorama (hotel), ele arranjava hospedagem pra eles lá. E todo carnaval do Fluminense, por volta de cinco, cinco e meia da manhã, a orquestra saía pelas ruas e levava o público até a Imbetiba e lá terminava o carnaval com um banho à fantasia. No Iate Clube ele chegou a fazer o baile da Âncora, sabe? Era muito legal! A coisa funcionava dessa forma...

Depoimento de Nádia Amaral, filha de Lurufe:


O que dizer de Joserval Alves Soutinho, meu pai Lurufe? Um ser de luz, coração transparente. Sempre disponível, alegre e de gargalhada solta e muito aberto a novas propostas surgidas em sua vida. Dentre suas qualidades, uma bem marcante e que chamava a atenção era que, em qualquer salão de baile em que se fazia presente, era certa a abertura do salão, junto com sua parceira, sua esposa minha mãe Nete. Exímio dançarino, encanta à todos seduzindo os outros que ficavam admirados e, logo logo, o salão se completava. Outra característica era o desembaraço na organizar de bailes e da descoberta de grandes orquestras, bandas, conjuntos.


Lurufe e sua esposa Nete. Exímios dançarinos dos clubes macaenses.


Destaco, aqui, o Casino de Sevilla, a banda do maestro Erlon Chaves, a banda do Alcatraz. Conjuntos que contratava para abrilhantar os bailes do Fluminense. Foi um especial homem e o fundador do Bloco das Piranhas em nossa cidade. Gostava de trabalhar junto a sua família. Produzia jantares com sua mãe, dona Néia, e com apoio dos seus irmãos. Sempre tinha um ombro amigo, tanto para os familiares como para os amigos. Termino informando que ele foi um homem a frente do seu tempo e que, com certeza, nós soubemos amá-lo.


- Continuação do bate-papo com Chiquinho...


Magno: bacana, eu tinha anotado aqui sobre o bar 860 (oito meia zero). Soube que ele (Lurufe) era o dono, e eu acho que tem alguma relação com a rádio, é isso?


Chiquinho: Não, olha só. 860 era um bar que tinha na Imbetiba, próximo à casa do ex-prefeito Carlos Emir Mussi, e esse 860 era ele com a família que trabalhava... Aí eu conheci esse bar em 1973, quando cheguei em Macaé. Mas eu não tinha amizade com ele, eu o conhecia de nome. Eu fui ter contato mesmo direto com ele no final de 76 pra 77, por aí. Ele valorizava muito o músico local, quando era carnaval, sabe? Ele fazia licitação, chamava as bandas pra contratar. Ele fazia isso com muito carinho, sem deixar de ser austero. Ele fazia as coisas dele, era tudo muito certo, assinado, bonitinho.


Magno: ele era um produtor cultural, assim. Hoje em dia você vê essa profissão mais formalizada. Ele não tinha a formação, mas tinha a prática, a dinâmica e fazia, né?


Chiquinho: ele tinha a visão da coisa. Ele enxergava... Ele via uma coisa boa, ele corria e mandava contratar. Chamava o diretor social e dizia: olha, eu quero essa Orquestra. No caso, nessa última passagem dele pelo Fluminense, eu fui diretor dele e muitos contratos fui até eu que corri atrás pra fechar.


Magno: lá no bar 860 tinha eventos de música?


Chiquinho: ... Não. Era só música ambiente. Era um bar tipo uma choupana bem grande, um estilo rústico. E era muito frequentado. Muita gente que vinha de fora conhecia o 860. Existia a rádio, mas era a 820. A rádio 860 é uma rádio do Rio de Janeiro.


Lurufe (de faixa) e seu irmão Wagner Soutinho, no dia de sua posse. Wagner era músico e foi contrabaixista da primeira formação do Conjunto The Rells. E sempre o ajudava na organização dos eventos e nos bares.


Magno: a rádio existe, só que não é daqui...


Chiquinho: existia, AM.


Magno: Na época existia a 860 mas era do Rio, é isso?


Chiquinho: era uma rádio do Rio. Quem trabalhava nessa rádio, o Disc Jockey dessa rádio principal era o Big Boy. Inclusive, quando a gente chegava no bar 860, a rádio mais tocada lá era a 860, do Rio... Vou te explicar: a rádio 860 era voltada para um público bem diversificado. Tinha a programação do Big Boy, que era aqueles funks americanos, aquela coisa mais balançada. Tinha o momento romântico. Então, era uma rádio muito propícia a tocar em bares.


Magno: e tinha uma qualidade maior, na época, apesar do repertório ser bem diversificado... Os lançamentos. Era uma rádio pro músico ouvir também, né?


Chiquinho: a maioria dos músicos ouvia a 860, até pra tirar música e tocar nos bailes. Eu tirei muita música da rádio 860. Muita música, que isso!!


Magno: interessante, comparando com hoje em dia, as facilidades que tem. Tinha aquela coisa do tesão: 'caramba, tenho que pegar o rádio aqui, pegar uma fita...' Era fita K7, eu acho...


Chiquinho: sim, eu não dormi. Fiquei acordado a noite toda esperando tocar a música pra gravar... Ficava na casa da minha mãe, fumando, tomando cafezinho a noite toda esperando tocar a música.


Magno: e nesses eventos que você viajava, tinha algum evento que o Lurufe, ele organizava algum evento fora, com as bandas?


Chiquinho: não. Ele sempre organizava aqui em Macaé mesmo, mas ele sempre passava, dava a dica para os outros. Ele era muito conhecido na região. Muita gente que vinha pra Macaé, pra baile e tal, procurava por ele. Ele era muito procurado.


Magno: entendi. Então ele acabava conseguindo contatos pras bandas de outros lugares também, né?


Chiquinho: sim, todo mundo. Ele não tinha essa coisa de egoísta não. Ele nunca atrasou o lado de ninguém. Ele vivia dessa forma. O coração dele era muito grande.


Magno: acho que (ele) faz falta pra muita gente. Você conta de uma maneira que, realmente, faz falta... A 'coisa' do passado tem que ser bem avaliada, né. O que é passado e o que é ultrapassado.


Chiquinho: uma diferença muito grande. A gente, na época, a gente não se considerava artista, não, a gente era operário da música.


Magno: a gente podia até encerrar agora, citando o próprio Lurufe como um operário de fato, que era um operário da ferrovia. Tinha esse espírito, o espírito de trabalhador dele, essa dinâmica, levou isso pra outro campo: do clube, do fomento da cultura, da responsabilidade. Você falou que ele gostava muito de pescaria...


Chiquinho: sim. Em 79 eu estava morando em Niterói, e me ligaram. Nádia me ligou pra eu vir correndo porque o pai dela tinha tido um AVC lá na ilha. Ele estava pescando na ilha com os amigos, sentado na pedra tomando o whisky dele, aquele sol quente... Ele já estava meio debilitado por causa do coração. Passou uns 5, 6 dias internado na UTI. O médico dele era o Carlos Emir e acabou falecendo, aos 46 anos, em 1979. Ele faleceu feliz, pescando, tomando o whisky dele com os amigos... Eu acho que foi na ilha do Francês que eles estavam pescando. E nesse dia eu estava em Niterói. Se eu estivesse em Macaé, talvez eu tivesse ido com ele pescar.

Depoimento de Aluizio dos Santos, Lulu:


Uma dos fatos que marcou minha amizade com Lurufe, Joserval, foi que, quando a sede social (do Fluminense) foi inaugurada, ele, Valdemir e Otacílio foram ao Rio para contratar o Severino Araújo. E, nessa altura, eu estava no Rio trabalhando. Então, eles foram lá no consultório, lá na 13 de Maio, na Cinelândia, me pegaram para que eu fosse com eles até Ipanema, onde era o apartamento do Severino Araújo. Então eu os levei. Quando chegamos, lá encontramos o Severino sem camisa, de bermuda. Um calor danado no Rio. Então fomos lá para fechar o contrato, para que trouxesse a orquestra de Severino para inauguração do Fluminense.


Capa do Estatuto do FFC, registrada em 1969, com a relação de nomes da diretoria da segunda gestão de Lurufe, nos anos 70. Na época, a entrada do Clube tinha um jardim e um pequeno lago.


Na vinda deles aqui, na inauguração, foi um baile. Muita gente com smoking, traje a rigor. Naquele tempo, você arranjava um terno preto, gravatinha borboleta e poderia entrar assim, tá entendendo? Foi apoteótico. Outra coisa, também: ele, o Lurufe, fez uma coisa também, a convite da 'Madá' (dona Magda), mãe da Marilena (Garcia). Ela, então, organizou o primeiro baile debutante na sede do Fluminense... Ela é muito caprichosa, rapaz. O Perón também foi ornamentar e, nesse dia, vieram aqueles projetores, que chamavam de holofotes, vieram aqui do quartel, aqui da unidade militar. Ficaram ali em frente ao Fluminense, cruzando aquele... E fez-se uma passarela que ia desde o jardim, cortava a rua, cobria o 'lagozinho' (pequeno lago que tinha na entrada do clube) e entrava no salão para o desfile das meninas. Outra coisa também que marcou, e isso sob o comando de Lurufe na presidência do Fluminense.


Seu Lulu e sua companheira, a escritora e poetisa Aurora R. Pacheco.

Jornal O Debate - Diário de Macaé. Edição 8799, 30 e 31/08/2015. Caderno 2, pág. 7.

(Consulta pelo app: issuu)


No dia 29 de julho de 2015, durante as comemorações dos 202 anos de emancipação político-administrativa da cidade, na praia da Imbetiba, é inaugurada a Academia de Ginástica que carregará, pela eternidade, o nome de Joserval Alves Soutinho, graças ao pedido realizado pelo seu grande amigo Aluizio dos Santos, o seu Lulu.


Placa da Academia de Ginástica localizada na praia da Imbetiba.


Lurufe, tricolor apaixonado, um trabalhador inquieto, ferroviário e um empreendedor cultural, faleceu no dia 08 de agosto de 1979, aos 46 anos. Com sua pouca idade fez, em pouco tempo, o que muitos não fazem a vida toda. Além disso, soube fazer amigos e conquistou corações, deixando sua marca na história de Macaé. "... Tua gente, teus anos de glória, um passado de tantos troféus…".

Agradecimentos:


E antes de falarmos de nosso fundo musical, vamos aos nossos agradecimentos de hoje: ao Francarlos, pelo bate-papo; a Nádia e ao seu Lulu, pelos depoimentos prestados; e a dona Aurora, pelo belo poema sobre a imbetiba onde cita, dentre outras personalidades, o Lurufe. Gratidão à todos vocês!!

Fundo musical:


  • Medley 'Cerejeira Rosa', de Louiguy e Jacques Larue, com 'Cachito', de Consuelo Velásquez. Na versão deste Medley, quem toca é o conjunto 'Três do Rio', grupo muito apreciado por Lurufe e muito famoso por tocar nos bailes de todo o Brasil. E também por terem gravado os comerciais do banco Bamerindus.


  • Clavelles de Espana, música que compõe o LP Los Cantantes de Casino de Sevilla, com as vozes de Alberto del Monte e José Maria Madrid, com Orquestra regida pelo arranjador e maestro Pio Torrecillas. 1969.


  • Águas de Março, de Tom Jobim. Interpretada aqui por Erlon Chaves e Banda Veneno, em 1973, num programa de TV mexicano.


  • All my love is for you, música de N. Keys, interpretada pela Erlon Chaves e sua Banda Veneno, em 1973, num LP especial com canções internacionais.


  • Partido Alto, composição de Chico Buarque e gravado pelo MPB4 no disco "Cicatrizes", em 1972.


  • Vinheta da rádio mundial 860, do Rio, apresentado pelo Disc Jockey Big Boy, o maior DJ das rádios nos anos 70.


  • I'd Rather Hurt Myself, composição de Homer Banks e Carl Mitchell Hampton, interpretada pela voz de Randy Brown no disco "Wellcome to my Room". Esta música foi uma daquelas escutadas por Francarlos numa época onde os músicos esperavam a música tocar na rádio para gravarem na fita K7 e, daí sim, poderem ensaiá-las.


  • Um Chorinho em Aldeia, do disco "12 Chorinhos de Severino Araújo", lançado em 1960 e executada pela Orquestra Tabajara. Isso mesmo, a mesma Orquestra convidada para inaugurar a sede social do FFC, no início dos anos 60. Mesma Orquestra onde fez parte, por muito tempo, o macaense Dulcilando Pereira, o maestro Macaé.


  • "O Ferroviário", interpretada por Wando no seu primeiro disco "Glória a Deus e Samba na Terra", lançado em 1973.


Considerações finais:


Depois desta bela homenagem, o que nos cabe é perceber como é importante trazer à tona valores que enriquecem a vida em sociedade, independente da época. Quanto ao resgate do passado, isso significa dizer que devemos buscar referências que fortalecerão nossa caminhada no presente e nos darão mais esperança para o futuro. Nos encontramos em breve em mais um episódio de 'Histórias da Música em Macahé'. Um grande abraço!!

FIM.

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