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Episódio 13 - A Orquestra de Música Popular 'Descendo a Serra' - um registro do ensino de música ...
Atualizado: 26 de abr. de 2021
A Orquestra de Música Popular 'Descendo a Serra' - um registro do ensino de música no C.E.M. Raul Veiga - Professor Marcelo Pfeil.

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Entrevista realizada em 08/01/2021.
A Orquestra de Música Popular 'Descendo a Serra' - um registro do ensino de música no C.E.M. Raul Veiga - Professor Marcelo Pfeil.
Sejam todos bem-vindos a mais um episódio de HMM. E hoje vamos tratar de um assunto muito importante para a formação artística e humana de todo cidadão enquanto um ser social: a Educação Musical. Entramos em contato com o professor de Música Marcelo Pfeil, que leciona na rede pública de ensino de Macaé desde 2005, para conhecer mais sobre o trabalho desenvolvido sob sua orientação no CEM Raul Veiga, no distrito de Glicério. É lá que se encontra a Orquestra de Música Popular 'Descendo a Serra', um resultado da junção de vários grupos vocais, de violão, cavaquinho, percussão e outros instrumentos que, com suas temáticas e bom entrosamento, já participaram de vários encontros dentro e fora de Macaé, e também ganharam alguns festivais.
Formado em Licenciatura com Habilitação em Música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Pós Graduado em Orientação Educacional e Pedagógica pela Universidade Cândido Mendes (UCAM). O título de sua monografia: 'Oportunizando, nas aulas de música, o aprendizado do violão para os alunos das escolas regulares do ensino fundamental'. Instrumentos musicais e disciplinas que leciona: Violão, Cavaquinho, Guitarra e Percussão. Leitura e Escrita Musical, Prática de Conjunto, Harmonia, Improvisação e História da Música. É também Compositor e Arranjador. Convido, agora, Marcelo Pfeil. Seja bem-vindo, Marcelo!
Marcelo Pfeil: Olá Magno. Olá a todos os ouvintes do Histórias da Música em Macahé. Prazer estar aqui falando sobre música, sobre educação musical, este bem simbólico tão importante.
Magno: Eu tenho observado já a bastante tempo o seu trabalho com os alunos do Colégio Raul Veiga, em Glicério. Não à toa, durante todo esse tempo em que você atua lá, os seus alunos já foram convidados diversas vezes para se apresentarem em muitos encontros, ganharam festivais... Tudo isso, claro, resultado de um longo e persistente trabalho feito com muito carinho e dedicação. Mas nos conte mais como se iniciou o projeto de música no Raul Veiga? Antes de você já existia o ensino de música lá?
Marcelo: vou remontar aqui ao início dos anos 2000. Eu trabalhava na coordenação dos polos avançados da Escola de Música Villa-Lobos, dirigida pelo professor e músico José Maria Braga, flautista do grupo Galo Preto, um grupo de Choro das antigas. Concomitantemente eu era professor de um desses núcleos, que era o de Barra de São João. Em 2004 eu fiz concurso para a prefeitura de Macaé, professor de Artes. 2005 eu tomo posse e a agenda não permitiu que eu conciliasse esses três vínculos. Eu optei por exonerar o cargo de professor em Barra de São João, e em 2005 eu começo as minhas atividades em Macaé como docente, professor de Artes. Porque algumas prefeituras têm o cargo de professor de Artes. Por exemplo: no Rio, onde trabalhei, é algo mais específico, é professor de Música, professor de Teatro… em Macaé é algo menos específico, é professor de Artes.
Acho importante pontuar que nos lugares onde não há essa especificidade da linguagem, música, teatro, ocorre uma espécie de hegemonia das artes visuais, por questões de quantitativo de professores, por questões históricas também. Eu não vou me aprofundar mas podemos citar a missão francesa, em 1816. Bom, enfim… a disciplina 'Artes', o componente curricular 'Artes', é muito confundida apenas com artes visuais. Ela é reduzida a apenas um elemento, a uma linguagem das artes visuais. Então, retomando, 2005 eu começo minha atividade no Colégio Raul Veiga, em Glicério, como professor de Artes. E aí foi um desafio pra mim trabalhar fora de uma escola especializada, de música. Trabalhando agora numa escola regular e uma nova realidade se apresenta pra mim nesse momento. Em minhas aulas de Artes, eu sempre levava instrumento musical pra sala de aula. A princípio o violão, depois comecei a levar cavaquinho. Já estava tocando algumas melodias do Pixinguinha, tocando Anacleto de Medeiros, que é um compositor do início do século XX. E num terceiro momento comecei a levar percussão também. Percebi que a percussão gera um interesse muito grande em mais alunos. Estou falando em quantitativo, né.
Bom, eu percebi esse interesse nos alunos. Por outro lado, havia uma ementa do currículo de Artes a ser cumprida que, como eu falei, não contemplava apenas música, contemplava outras linguagens. Eu comecei a ensinar os alunos de uma maneira muito informal, nas brechas, nos intervalos. E uma coisa interessante a ser pontuada que, em 2008, foi sancionada a lei 11.769, lei federal que versava sobre a obrigatoriedade do ensino de música nas escolas regulares do Brasil. Aí eu falei: opa! Peguei a lei, botei debaixo do braço, escrevi um projeto e apresentei à direção. Na época a diretora era Rita Barbosa. Tudo isso mais ou menos em 2009. E aí eu consegui um tempo pra dar aula de instrumento, violão, cavaquinho, um pouco de percussão. E foi aí que tudo começou. Tinha a questão do Choro que, na época, estava muito em voga. Vivia uma espécie de reflorescimento. Na Lapa tinha o Bar Semente. Então assim… tinha a Escola Portátil de Música aqui no Rio de janeiro, formou centenas de músicos. E certa feita, eu fiz uma pergunta aos meus alunos: quem conhecia o Benedicto Lacerda, macaense, grande Benedicto Lacerda. E aí ninguém conhecia. Eu falei: nossa! Daí eu comecei a ter esse repertório como espinha dorsal do trabalho, mas também acatando sugestão de aluno, contemplando outros estilos. E aí eu enveredei por esse caminho. Então foi assim que tudo começou.
Magno: esse projeto já existe em outros lugares da região serrana? Se não, qual seria a proposta para ampliar isso?
Marcelo: esse projeto ele, agora, também acontece na Cultura (Secretaria). Nós temos o pólo de cultura de Glicério, em cima do posto de saúde. Não restrito somente aos alunos da rede regular de ensino, mas pra qualquer pessoa da comunidade. Você pode ter uma aula muito específica, né. Você pode ter uma aula particular, por exemplo. O que é difícil acontecer na escola regular. A escola regular sempre tem um quantitativo maior, e aí você tem que criar mecanismos metodológicos para atender mais gente. Então, voltando, estamos na Educação, no Colégio Raul Veiga e na Cultura, no pólo de Glicério, em cima do posto de saúde. Então, você que está ouvindo nosso programa, quem sabe! 2021 aí, brotando, você tem esse novo projeto pra você estudar violão. Você será muito bem-vindo.

Participação em evento idealizado pelo instituto Trata Brasil, no Pólo de Cultura de Glicério, em 09/09/2019. À direita da foto aparece a ex-ginasta Daiane dos Santos, embaixadora do instituto.
Magno: Inicialmente a formação do grupo era somente de violões, não é isso? Como foi esse processo de ampliação do grupo?
Marcelo: exatamente. A gente sempre anunciou como aula de violão. Inclusive o nome 'Orquestra de Violões Descendo a Serra' é uma referência à música de Pixinguinha com Benedicto Lacerda. Agora, eu entendo que escola regular é um espaço inclusivo, né. O aluno tem um cavaquinho, leva o cavaquinho! Pode ser o Culelê, enfim… e aí, naquele encontro, vou criar um espaço pra lecionar outros instrumentos também. Mas é mais raro. A maioria tem violão. A escola, posteriormente, na gestão de Janet Parente, adquiriu violões, cavaquinhos… mas a procura maior é por violão mesmo. E sempre na escola regular eu percebi que a percussão tinha um impacto muito grande nos alunos. Então, por exemplo, uma vez eu fiz um encontro de percussão e o quantitativo foi bem maior. No final de 2018 eu já estava pensando em também sistematizar esse ensino dentro da escola. Então hoje em dia é bipartido: é metade violão e/ou cavaquinho e a outra metade é percussão.
E, coincidentemente, no ano de 2019, eu fiz incursões por algumas baterias de escolas de samba aqui do Rio de Janeiro, onde eu resido. Estácio, Tuiuti, Rocinha, Unidos da Tijuca. E de certa forma eu também levo essas informações pra essa oficina de percussão… E nós gravamos, recentemente, um videoclipe com uma música do Guilherme Arantes. E nós fizemos essa fusão, esse casamento de uma música do Guilherme Arantes - 'Amanhã' - com um naipe de tamborins. Quem quiser dar uma conferida, canal do Youtube 'Lepe educacional'. Então essa informação agora também está saindo da escola de samba. Eu sou portador, digamos assim. Levo lá pro Raul Veiga essa questão da percussão. Está tendo um resultado muito bacana. Então, hoje em dia, o nome do grupo é de acordo com o que vai rolar: se for uma apresentação de violão: Orquestra de Violões 'Descendo a Serra'. Se for num festival, vai ter criança cantando: Coral 'Descendo a Serra'. E este último clipe, ao qual me referi, nós nos apresentamos como 'Orquestra de Música Popular Descendo a Serra'.

Da influência do grupo 'Barbatuques' e das escolas de samba, novos elementos são incorporados na construção musical dos alunos: a percussão corporal e os tamborins.
Magno: Vocês já participaram de muitos eventos e até venceram alguns festivais. Mas quais deles foram mais marcantes para você e para os alunos?
Marcelo: bom, o projeto, oficialmente, ocorre desde 2010. Mas, oficiosamente, como eu falei, com a transmissão do conhecimento naqueles intervalos, nas brechas, de maneira muito informal, ele acontece desde 2005, ano da minha entrada na rede municipal de Macaé. Sempre fazendo essa ponte, do violão, com a música cantada. Geralmente é um coro de alunos que vem participando de muitos festivais. 2006 a escola ganha o festival. 2007 também, o Festival da Canção estudantil de Macaé. Teve o bicampeonato. Aí o evento deixou de ocorrer até 2016. 2017, segundo lugar. Esse festival ocorreu sempre na finalíssima no Teatro Municipal de Macaé. Então, 2017 o segundo lugar; 2018, primeiro lugar; 2019, primeiro lugar. Então, assim, a escola tem um desempenho muito bom.

Orquestra 'Descendo a Serra' abrindo o II Festival de Literatura & Cultura - FLICMAC, na Cidade Universitária, em 2019.
Já começa o ano, o aluno já está compondo. Já criei essa cultura na escola, né… porque o festival acontece em maio. E eu sempre, de uns tempos pra cá, já começo falando do festival, já sei que vai ter… então já chego com essa idéia: olha, a música… e já falo do nosso histórico, do nosso desempenho. De certa forma é uma responsabilidade (risos) que a escola carrega. Sempre teve excelentes resultados. Queria destacar algumas apresentações da Orquestra de Violões, com esse repertório de Choro, basicamente, mas também abrindo janelas para outros lugares: Solar dos Mellos; Fazenda Airis; III Festival de Dança Estudantil Africana e Afro-brasileira; III Jornada de Orientação Pedagógica - sala Cláudio Ulpiano, Cidade Universitária; e um evento que foi muito marcante foi a participação no Sana Instrumental, 2016. É um festival que reúne nomes da música instrumental, nomes nacionais. E nós chegamos lá como uma escola regular (risos), tocando nosso Choro e foi muito bacana. Tocamos também a convite da prefeitura de Rio das Ostras, no Teatro Popular. Em 2014 a Orquestra se apresenta no Congresso Internacional de Educação - CONID, que ocorreu no Teatro Princesa Isabel, em Copacabana.

Participação em evento no Solar dos Mellos, por ocasião do lançamento do livro 'Relatos e Personagens na História de Macaé' - 08/04/2014.
Magno: como é esse desafio de formar um conjunto musical tão diversificado e que seja, ao mesmo tempo, algo coeso? Que recursos você normalmente utiliza durante as aulas em grupo?
Marcelo: essa diversificação pode ser proveniente da demanda dos projetos. Ela também advém da pluralidade que habita uma escola regular. Tem um contingente muito maior do que uma escola de música especializada, por exemplo. Então você tende a ter uma diversidade nos interesses. Isso tudo reflete na música. Ao mesmo tempo, quando a escola não tem essa especificidade… em Conservatório, por exemplo, eu vou dar aula de violão, é aula de violão, entendeu? Você tem uma coisa mais de repertório, por exemplo, você tem uma coisa mais delineada e tal. O campo de ação é um pouco mais restrito, mais específico. Não é melhor nem pior, apenas diferente.
Na escola regular você pode fazer essa ponte inclusive com outras disciplinas. Você pode falar do Samba e aí fazer uma relação com a era Getúlio Vargas. Anos 30, né! A disciplina que eu faço mais projeto de interdisciplinaridade é História, mas nada impede que você faça esse diálogo com qualquer outra disciplina. Língua Portuguesa, muito também. Letra de música, olha isso! E até mesmo da música com a arte, de uma maneira geral. As rupturas da semana de arte moderna, de 1922; o Manifesto Antropofágico, de Oswald de Andrade. De que maneira isso dialoga com… a Tropicália, movimento que apareceu décadas depois… fazer essas pontes da arte com ela mesma. Essa diversificação, muito provavelmente, vem disso: dessas múltiplas possibilidades. Então, a escola, eu tenho um pouco essa sensação: quanto ao resultado eu nunca sei no que vai dar. As coisas vão aparecendo ao longo do processo. E é isso que ocorre.
Quanto à coesão, a escola regular ela tem essa natureza, na maioria dos casos. Um projeto que os alunos gostam existe essa coesão. E eu fico pensando, assim, já pensei muito sobre isso. Na minha ausência (tem dias que eu não estou em Glicério dando aula), os alunos estão lá coesos. Certa feita, eu montei uma peça de teatro com os alunos. Aí tinha o texto, eles decoraram o texto e tal. E eu percebi que a coisa funcionava muito na minha ausência… o Schafer (Murray), pedagogo musical, educador, escreveu um livro muito interessante chamado 'O Ouvido Pensante'. E uma das frases desse livro que eu gosto muito é algo nesse sentido: "não existem mais educadores nem alunos, apenas uma comunidade de aprendizes". Acho que é muito por aí. Um detalhe, também: eu procuro não ficar estático na minha zona de conforto, sabe? Eu estou sempre buscando desafios, sabe? Lugares no limite do risco, trabalhando no limite do risco. O Schafer também fala isso. Acho que os alunos percebem isso, de certa forma e se envolvem muito nos projetos. Uns mais, outros menos. Esse videoclipe foi um exemplo disso. Foi um projeto muito bacana, eles se envolveram bastante. A gente conversava pelo zap, fazia reunião, encontro pelo Meet. E é isso, coesão total. E agora eles estão na fase de divulgar o clipe. Estão compartilhando. É o maior barato, né? O projeto ganha vida própria, os alunos ficam donos do projeto. O projeto é de todo mundo.

Capa do livro 'O ouvido Pensante', de R. Murray Schafer.
Quanto aos recursos, um deles, por exemplo, é percussão corporal. Que eu fiz esse trabalho em ambiente remoto, o do vídeo clipe. E a maioria dos alunos não tinha instrumento em casa. Eu lancei mão da percussão corporal bem ao estilo Barbatuques, digamos assim. Então, aula de violão ou de qualquer instrumento em escola regular, a premissa é aula em grupo. Muito raro, se eu tivesse a oportunidade, de dar aula individual, uma aula tutorial, nos moldes de um Conservatório. Tem que haver uma metodologia adaptada pra essa situação. Eu criei uma metodologia de simetria de acordes, que não teria tempo de discorrer agora, mas ela foi pensada nessa demanda da escola pública regular que você tem um quantitativo de alunos, e nem sempre você tem todo tempo do mundo pra … eu tenho uma metáfora: "você tem que vender plano de saúde em sinal de trânsito" (risos). É um pouco isso. Tem, as vezes, pouco tempo pra atender muito aluno. Então, eu criei uma metodologia de acordes simétricos e tem funcionado, a coisa tá rolando bem, satisfatoriamente. A aula de violão em grupo, ela tem os prós e os contras. Vou falar de uma qualidade que a aula individual não tem e é uma ferramenta muito poderosa. O autor Vigotski fala muito sobre isso, que é a interação. É como se o professor fosse desaparecendo e os alunos fossem tomando o protagonismo da transmissão do conhecimento. A partir do momento que o aluno aprende o que ele tem que aprender, porque não ele começar a transmitir esse conhecimento até na ausência do professor? É muito por aí… Interação é uma ferramenta muito poderosa pra esse tipo de situação.

Momento da experimentação musical e da interação.
"Apesar dos recentes avanços obtidos através de políticas públicas que concernem a disciplina Educação Musical, ainda podemos constatar que a maioria dos alunos concluem o ensino fundamental sem a vivência de uma experiência musical concreta, tendo neste caso o discente, na melhor das hipóteses, assimilado conceitos vagos e definições distantes de seu cotidiano. Alunos ingressam no ensino médio sem, no entanto, terem tido a oportunidade sequer de uma iniciação em qualquer instrumento musical. Esta prática instrumental escolar é quase que uma exclusividade dos Conservatórios de Música com um modelo tutorial de aula individual, onde nem todos tem condições de ingressar, seja por questões financeiras ou relativas a pré-requisitos exigidos pelas instituições.
Ainda nos dias atuais a aula de música, na opinião de muitos, é desprovida de conteúdo e seus desdobramentos. Esta visão equivocada, que não considera as discussões metodológicas, entende o aprendizado de um instrumento musical e seu consequente domínio, como um percurso a ser trilhado somente por aqueles dotados de talento, dom ou sensibilidade, classificando esta aquisição como improvável e a situando bem distante dos estudantes da rede pública. Em contrapartida, entendemos que as aulas de instrumento em grupo para esses referidos alunos se constituem em uma demanda social perfeitamente exequível, desde que sua implementação seja encampada pela equipe gestora, suas práticas pedagógicas alicerçadas por uma metodologia própria, adaptada para escola pública e amparada por um referencial teórico, se valendo principalmente do poderoso recurso da interação.
Nosso objetivo é contemplar o aluno do ensino regular da rede pública promovendo, desta forma, a democratização do acesso à cultura.
Marcelo Pfeil, 06 de dezembro de 2018.
Agradecimentos: Ao professor Marcelo Pfeil por nos ter concedido essa entrevista e expor esse belo trabalho, provando a todos como a rede pública de ensino pode e deve ser de qualidade. Parabéns à você e a todos os alunos do Colégio Raul Veiga!!
Fundo musical:
'O Ovo', de Hermeto Pascoal, sendo tocada pelos alunos da escola durante um ensaio;
'Trapézio', composição de Marcelo Pfeil. Faz parte do disco 'Coleção de Vinil', lançado em 2015 e conta com a participação de Zé Canuto, no Sax Soprano;
'Descendo a Serra', Choro de Benedicto Lacerda e Pixinguinha, gravada em 1946;
'Yara', música do gênero Schottish, composta por Anacleto de Medeiros;
Releitura da música "Amanhã", de Guilherme Arantes, com arranjos do professor Marcelo Pfeil e tocado pelos alunos como atividade de encerramento do ano letivo de 2020. Na introdução e no decorrer da música destaca-se o uso de trechos do hino de Macaé e o conceito do corpo como instrumento de percussão. Além desses elementos, destacam-se o tamborim, o violão, o cavaquinho, as vozes e desenhos com versos de nosso hino. O vídeo está disponível no canal lepe.online (tudo minúsculo) no Youtube sob o título "artes integradas bncc Orquestra de Música Popular Descendo a Serra;
'Zona Leste', música de Marcelo Pfeil que também se encontra em seu álbum autoral 'Coleção de Vinil';
Adaptação de 'Olhos Coloridos' com Participação da Orquestra e Coral Descendo a Serra, sob a regência de Marcelo Pfeil, na Abertura do II Festival de Literatura & Cultura de Macaé, entre 23 a 25 de outubro de 2019, na Cidade Universitária, com o tema "Mama África" - A Literatura e a Arte como forma de vencer o preconceito;
'G e Gê (seu Getúlio)', marcha carnavalesca de Lamartine Babo gravado pelo bando de Tangarás em 1931 com a voz de Henrique Foréis Domingues, o Almirante;
'Sun Dance/Labyrinth Dance e Dance of The Bull, do disco 'Patria' de R. Murray Schafer;
Pout pourri de Flor Amorosa, de Joaquim Callado; Eleanor Rigby, de Lennon e McCartney; Yara, de Anacleto de Medeiros e Urubu Malandro, autor desconhecido.
Considerações finais: Vamos ficando por aqui com a certeza de que o tema hoje tratado seja exemplo para todas as escolas da rede pública. A música é um pilar na construção de uma sociedade mais humana sempre em busca da tão sonhada felicidade. Como já dito em episódio anterior, a música é poderosa em vários sentidos. Ela é real e mágica. E não vivemos sem ela. Voltamos em breve em mais um episódio de HMM. Um grande abraço!!
FIM.